Alimentação infantil
Até os seis meses a criança deve receber o leite materno com exclusividade. Após os seis meses, devem ser introduzidas as frutas, os sucos, as papas de verduras, sempre de colher e cada vez com mais consistência até comerem semelhante aos adultos.
Inicialmente as frutas de sabor doce e depois as ácidas, amassadas ou em pedaços pequenos, sem qualquer tipo de adoçante. As crianças devem ser desde cedo estimuladas a reconhecê-las pelas cores e sabores desde cedo. Os mingaus, sempre ofertados de colher no prato, podem ser adicionados de cereais integrais (aveia, por exemplo) e frutas (banana, ameixa), estimulando mastigação e deglutição da criança.
Geralmente com um ano de idade a criança já é capaz de comer alimentos crus nas três refeições principais. Os lanches infantis devem ser constituídos de alimentos naturais, integrais e de preferência de fabricação caseira. À medida que for crescendo, a criança deve consumir no lanche apenas frutas. “As crianças devem aprender que têm de comer para viver, e não viver para comer. Esses hábitos devem começar a ser implantados já na criancinha de braço. Ela só deve tomar alimentos a intervalos regulares, e menos freqüentemente, à medida que vai tendo mais idade. Não convém dar-lhe doces, ou comidas dos adultos, que é incapaz de digerir.
O cuidado e a regularidade na alimentação dos pequeninos não somente promove a saúde, tendendo assim a torná-los sossegados e mansos, mas lançará o fundamento para os hábitos que lhes serão uma bênção nos anos posteriores.” (WHITE, 2010).
As células do cérebro de uma criança continuam em formação até os cinco anos de idade. Alimentos estimulantes, contendo cafeína, a exemplo de café e refrigerantes, vão iniciar precocemente a dependência química de uma vida. Estudos apontam para a relação que existe entre os aditivos químicos,a exemplo de corantes artificiais, e a incidência de hiperatividade infantil e distúrbios do humor. A introdução precoce do açúcar está relacionada com oscilações de glicemia, cárie dental e inapetência infantil.
A Organização Mundial da Saúde preconiza que alimentos com açúcar e aditivos químicos só devem ser oferecidos a criança após os dois anos de idade ou o mais tardiamente possível. Mesmo o mel não é necessário pelo risco de cáries e de contaminação microbiológica, além de camuflar o sabor dos alimentos que a criança deve reconhecer e aprender a apreciar.
Joseni França Oliveira Lima nutricionista da Clinica Nat, Mestre em Nutrição
Expertise em nutrição e bem-estar
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